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  • Resumo do primeiro trimestre do Seminário de Umbanda

    Resumo do primeiro trimestre do Seminário de Umbanda

     É com imenso júbilo que publicamos o resultado do nosso primeiro trimestre de estudos no referido seminário. Iniciamos o ano com a proposta de aprofundamento nos estudos sobre magnetismo animal, segundo a doutrina de Franz Anton Mesmer, o pai do magnetismo. Nesse sentido, como referido pelo mestre Allan Kardec, é impossível entender o Espiritismo sem estudar o magnetismo, pois nas palavras do próprio Kardec “são ciências gêmeas”, ficando impossível falar de uma sem se referir a outra. No andamento das pesquisas, nos deparamos com as adulterações das obras que compõe o “pentateuco espírita”, mais precisamente as adulterações praticadas nos livros “O céu e o inferno” e “A Gênese”, ambos de Allan Kardec, o que está obrigando-nos a permanecer um pouco mais nos estudos das referidas obras, motivados em análises das obras originais e suas consequências, pois o pensamento original do Espiritismo tem de ser resgatado para entendimento do magnetismo. 

     Dentro dos estudos sobre magnetismo, precisamos nos demorar em análises sobre anatomia humana, no estudo das células (em especial nos corpúsculos celulares do sangue), atrelados aos fenômenos de psicocinesia – capacidade da mente causar alterações nas células do corpo – na tentativa de entender os mecanismos do passe e dos fenômenos mediúnicos, o que também nos faz demorar em estudos da glândula pineal ou epífise, órgão cronobiológico de grande importância, que, grosso modo, codifica ondas eletromagnéticas em neuroquímica no nosso corpo, sendo a grande “antena “de nossa mediunidade. Para estas questões, precisamos nos deter na obra “Mecanismos da mediunidade” de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.

    Na esfera mediúnica, progredimos em reuniões de desenvolvimento das diversas faculdades, sendo proveitosas e de grande instrução; contudo, contamos com um grupo que guarda tranquilidade e paciência, colocando na mão de nossos benfeitores espirituais a direção destas.

    As doutrinas que estudamos, apesar de serem doutrinas, devem fazer sentido para vida. Com esta base, seguimos em nossos estudos, com esperanças no progresso e contando com a ajuda dos bons Espíritos da nossa Umbanda; para que todos confrades e confreiras prossigam com vontade inquebrantável.

    Até breve.

    Michael Pagno

  • O que é um Orixá?

    O que é um Orixá?

    Em nossos estudos na Tenda de Umbanda Xangô 7 Raios, surgem, como se espera, debates e dúvidas, que levam a reflexão de todos, inclusive minha, na intenção de prosseguir em nossas pesquisas. Sem a pretensão de buscar uma palavra final, nem de engessar qualquer conceito, arrisco-me a conceituar o que seja um Orixá.

    Qualquer pessoa que queira pesquisar o que seja um Orixá na literatura já existente, por certo não encontrará (salvo se for homem de um livro só), uma explicação única, ou que seja uma sentença, que diga em palavras claras: Orixá e tal e tal coisa etc. Assim, encontramos Orixá definido como um ser angelical, um anjo; uma força da natureza; o dirigente maior de uma linha de Umbanda; um Elemental, um ser que ainda não teve constituição humana e um dia terá, sendo, portanto, ainda um Espírito que ensaia para o reino hominal; um ancestral divinizado, entre algumas outras colocações. Desta forma, como arriscar-se em dar uma definição única a uma palavra que pode, sem dúvida, definir tantas formas espirituais?

    Orixá, ou a palavra Orixá pode definir, sem dúvida, diversas entidades espirituais – em meu humilde entender, e tentar engessar esta palavra com um único significado, seria, sem dúvida, diminuir a grandeza dos Orixás. Podemos afirmar, sim, que Orixá é uma força da natureza, mas também é o dirigente de uma linha de Umbanda, assim como também é (para os africanos) um ancestral divinizado.

    Por certo não irei esmiuçar o conceito de Orixá em algumas palavras para esta postagem, sob pena de não esgotar o assunto, e mais confundir que esclarecer – o que acontece, não raro, em nossas reuniões de estudos na Tenda Xangô 7 Raios; contudo afirmo que Orixá pode ser tudo isso, dependendo da doutrina e da forma de religiosidade afro-brasileira que esteja seguindo. Por exemplo, para nós umbandistas, Orixá é um Espírito ascensionado, já habitante das esferas superiores da espiritualidade, e dirige cada qual as linhas de Umbanda, mas também se torna tangível nos elementos da natureza, como Iemanjá no mar, Xangô nas pedreiras, Oxum nas cachoeiras, Ogum nos caminhos e Exu nos limiares.

    Portanto, nobres irmãos, ao referir-se aos Orixás, tenhamos em mente que sua grandeza, independente de definições, expressam sempre o bem e a comunhão com a natureza.

    Um fraternal abraço, com votos de saúde, paz e felicidade.